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Tipificação de Perfil Falso
Perfis falsos na internet: como agem, o que fazer e onde denunciar
Em épocas de campanhas políticas, os perfis falsos se multiplicam como nunca. Sob o manto da invisibilidade digital, muitos desses usuários usam contas anônimas para espalhar mentiras, meias-verdades e ataques coordenados. A intenção é clara: manipular o debate público, destruir reputações, confundir o eleitor e influenciar decisões políticas.
O problema é que, por trás de avatares genéricos, muitas vezes estão ex-políticos, assessores, amantes, pessoas próximas, ou até profissionais especializados em engenharia social. Gente que sabe — ou acha que sabe — se esconder na rede.
Mas há algo que muitos desses operadores esquecem: as plataformas gravam tudo. Logs de acesso, horários, dispositivos, localização aproximada, conexões entre contas, mudanças de senha, IPs utilizados — todos esses dados existem e podem ser solicitados pela Justiça.
Porém, apesar da existência de evidências técnicas, há casos em que a identificação não avança por falhas das big techs, demora nos pedidos judiciais ou falta de prioridade nas investigações.
Como os perfis falsos operam
-
Criam contas com e-mails descartáveis.
-
Utilizam números virtuais (VoIP) para passar por verificações.
-
Atuam em massa, publicando e compartilhando conteúdo em horários estratégicos.
-
Participam de grupos coordenados (‘tropas digitais’).
-
Utilizam técnicas básicas de anonimato como VPN ou navegação anônima.
-
Atacam adversários políticos, divulgam boatos ou inflamam debates para causar polarização.
Mesmo assim, muitos deixam rastros. A coleta de IP, geolocalização, agente de navegação, padrão de escrita, conexões entre contas e dispositivos podem apontar para os autores. Porém, mesmo com evidências, há casos em que a responsabilização não ocorre, mostrando um gargalo que deveria ser corrigido pelas plataformas.
O que fazer se você for alvo de um perfil falso
1. Documente tudo
Antes de denunciar, colecione provas:
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Prints com data e hora
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URLs do perfil
-
Comentários ofensivos
-
Vídeos, postagens e stories
Guarde também a integração completa da conta (seguidores, curtidas, interações), pois perfis falsos costumam apagar conteúdo rapidamente.
2. Denuncie na própria plataforma
Cada rede social possui um canal oficial:
-
Instagram: “Denunciar” → “Conta falsa / Identidade falsa”
-
Facebook: “Denunciar perfil” → “Perfil falso”
-
X (Twitter): Suporte → abuso / identidade falsa
-
TikTok: Configurações → Denúncias de segurança
-
YouTube: Formulário de abuso / suporte legal
As plataformas têm obrigação de remover o conteúdo e preservar dados por até 180 dias, mediante ordem judicial.
3. Registre um boletim de ocorrência
Você pode registrar:
-
BO presencial
-
BO online (na maioria dos estados)
Classificações possíveis:
-
Falsa identidade (art. 307 do CP)
-
Calúnia, difamação ou injúria
-
Perseguição (art. 147-A)
-
Crimes eleitorais (em época de campanha)
4. Ação judicial e quebra de sigilo
O advogado pode solicitar ao juiz:
-
Preservação urgente de dados
-
Quebra de sigilo telemático (IP, acesso, dispositivos, e-mails associados)
-
Identificação do titular do número virtual
-
Requisição à Google, Meta, TikTok, X, etc.
Mesmo quando o autor usa VPN, celulares virtuais ou camadas de anonimato, é possível:
-
Mapear pontos de acesso recorrentes
-
Identificar padrões de escrita
-
Relacionar contas entre si
-
Rastrear pagamentos de serviços (VoIP, hospedagem, anúncios)
Onde denunciar perfis falsos oficialmente
📌 Polícia Civil — Delegacias de Crimes Cibernéticos
Presencial ou via delegacias especializadas.
📌 Justiça Eleitoral (em época de campanha)
-
Sistema Pardal (TSE)
-
Denúncias de propaganda irregular e fake news
📌 Ministério Público
Quando houver:
-
Ofensa à ordem pública
-
Manipulação de opinião política
-
Ataques coordenados
📌 Ouvidorias das plataformas (Meta, Google, X, TikTok)
Formulários de solicitações legais, acessíveis para vítimas e advogados.
O que precisa melhorar
Apesar de existir tecnologia abundante, a responsabilização ainda é fraca. Há casos em que:
-
A plataforma demora meses para entregar dados.
-
Há coleta de IP, geolocalização e logs, mas nada acontece por desorganização.
-
Perfis fakes continuam ativos após dezenas de denúncias.
As big techs poderiam:
-
Exigir mais verificação em contas recém-criadas.
-
Limitar números virtuais suspeitos.
-
Criar alertas automáticos de comportamento coordenado.
-
Compartilhar dados com autoridades com mais agilidade.
Enquanto isso não acontece, o melhor caminho é documentar, denunciar e judicializar sempre que necessário.
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