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Perfis falsos estão alimentando tensões sociais na França.
Perfis falsos estão alimentando tensões sociais na França.

Dezenas de contas X/Twitter altamente ativas, ativadas nos últimos meses, são onipresentes nas publicações sugeridas da plataforma. Sua estratégia: abordar temas polêmicos para exacerbar as divisões sociais na França, gerando milhões de visualizações. No entanto, diversos indícios sugerem que essas contas não são autênticas e provavelmente são controladas por uma única entidade estrangeira.
Durante o verão de 2025, um pequeno grupo de oito contas se destacou pela alta atividade e pelo forte apoio ao movimento do 11 de setembro. Detalhado abaixo, essa rede é supostamente controlada a partir de território iraniano, pelo menos segundo uma fonte governamental. Contudo, até o final de outubro de 2025, as autoridades francesas não apresentaram provas concretas para sustentar essa alegação. Essa hipótese, porém, reforçaria as já fortes suspeitas de origem estrangeira dessas contas. Além disso, diversas publicações pró-Irã foram de fato identificadas na maioria delas.
Estudo de caso: A rede "Iva Masson"
Nas semanas que antecederam o movimento social de 10 de setembro, um grupo de contas conhecido como X promoveu ativamente as reivindicações do movimento. A análise dessa rede, composta por oito contas, revelou que se tratavam de bots controlados por uma única entidade, possivelmente estrangeira.
Mais do que simples contas de oposição, esses perfis estavam convocando massivamente a mobilização, até mesmo a revolta, contra o governo, notadamente com a hashtag #GovernmentOfDeception (Governo da Decepção) e apoiando o movimento de 10 de setembro. Para alcançar esse objetivo, exploraram inúmeros tópicos divisivos, controversos e conspiratórios. Notícias falsas também se infiltravam regularmente nessas postagens. Altamente ativas, essas contas geraram milhões de visualizações e obtiveram milhares de interações com frequência.

No entanto, diversos elementos sugerem que esses relatos não pertencem a pessoas reais. Por exemplo, as biografias de Ana Blan e Ava Lune são praticamente idênticas.

Além disso, todas essas contas se fazem passar por mulheres jovens. No entanto, as imagens são roubadas. Uma busca reversa de imagens, por exemplo, revela que a conta de Iva Masson usa, na verdade, uma imagem cujo rosto foi retocado com inteligência artificial, retirada da conta do Instagram de uma influenciadora.

As respostas publicadas também são muito semelhantes ao que uma IA produziria para gerar respostas automáticas: identificação do autor da mensagem inicial no começo do texto e frases "polidas" com um tom e vocabulário raramente usados naturalmente, especialmente em redes sociais.

Durante os primeiros dias de atividade de algumas contas, várias respostas foram publicadas em inglês para angariar seguidores e, assim, aumentar a visibilidade de seus perfis.

Essas diferentes contas fazem parte da mesma rede, composta por oito perfis, e muito provavelmente são gerenciadas pela mesma pessoa ou entidade. Elas interagem regularmente entre si por meio de inúmeros retweets, menções mútuas e respostas a tweets. Também não é incomum encontrar tweets idênticos publicados com alguns dias de diferença em várias dessas contas.
A "conta principal" desta rede é a de Iva Masson. Ela foi criada em abril de 2025, mas na verdade é uma segunda conta: a anterior, que disseminava o mesmo tipo de conteúdo divisivo, foi suspensa quando atingiu "mais de 50.000 seguidores".

Foi durante a criação da nova conta de Iva Masson, no final de abril de 2025, que as outras contas "secundárias" também surgiram. O que elas têm em comum: todas foram criadas em fevereiro de 2011, mas só foram ativadas simultaneamente e começaram a publicar conteúdo apenas entre o final de abril e o início de maio de 2025.

Também foi detectado um erro na conta de Ava Lune, que escreve em algumas de suas publicações como sendo Iva Masson, o que indica que essas diferentes contas são muito provavelmente gerenciadas pela mesma pessoa ou entidade.


Vale ressaltar que foram encontrados tweets datados de 2011 em uma das contas. Esses tweets, em inglês, parecem ser originais e, portanto, sugerem que a conta foi invadida nesse meio tempo.
Embora haja pouca dúvida de que essas contas sejam bots, diversos elementos coletados durante a análise também corroboram a teoria de uma entidade externa por trás da gestão dessas contas: na redação dos tweets, o tom é frequentemente formal demais para uso em redes sociais, o que sugere que provavelmente foram escritos por inteligência artificial por uma pessoa que não tem o francês como língua materna.

Além disso, certos erros tendem a confirmar essa hipótese de uma origem não francesa, contrariando o que afirmam esses relatos: confundir a data do Dia das Mães (principalmente com a data nos países de língua inglesa), confundir a Guiana Francesa com uma cidade…

Por fim, além de discutirem crises na França, essas contas publicam regularmente conteúdo sobre outros países. Isso inclui críticas ao apoio à Ucrânia, demonstrações de apoio a Putin e à Rússia, e difamação do presidente Zelensky, bem como apoio ao Irã contra ataques israelenses e americanos.

Na data de publicação desta análise, no final de agosto de 2025, a origem exata dessa rede de contas artificiais não pôde ser determinada com certeza. Alguns dias depois, uma fonte governamental informou à FranceInfo que essas contas estavam sendo operadas a partir do Irã.
No final de outubro de 2025, essas contas ainda estavam ativas e continuavam a explorar oportunisticamente diversas crises ou temas controversos para tentar influenciar e fragmentar a sociedade francesa.

Dezenas de outras contas falsas compartilham essas mesmas características.
Outras contas semelhantes já foram identificadas, como a conta de "Michelle Roussel". Registrada na plataforma em fevereiro de 2011, essa conta também foi ativada na primavera de 2025 e compartilha muitas semelhanças com as contas da rede detalhadas anteriormente. Nesse caso, uma inconsistência gritante nas postagens é facilmente visível se alguém se der ao trabalho de revisar o histórico. Enquanto a conta publicava conteúdo que poderia ser razoavelmente associado à esquerda/extrema esquerda durante o verão, algumas semanas depois houve uma mudança repentina na ideologia política, passando a publicar conteúdo associado à direita/extrema direita. Essa reversão parece estar funcionando; desde o início de outubro de 2025, a conta de Michelle Roussel gerou centenas de milhares de visualizações e dezenas de milhares de interações.

Outro exemplo é a conta de Elise Bardot, que também possui um grande público. Na realidade, dezenas de contas suspeitas, todas mais ou menos conectadas, foram identificadas e parecem ser gerenciadas pela mesma entidade. Como a moderação na plataforma X/Twitter é praticamente inexistente, nada parece ser feito para conter esse fenômeno, e essas contas continuam publicando em massa, enganando milhares de pessoas.

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