Good Morning!Em setembro de 1999, o mundo da tecnologia levou um susto com o Melissa Virus, um macrovírus que se espalhou por e-mails e documentos do Microsoft Word. Milhões de dólares em prejuízos depois, empresas e usuários finalmente perceberam que “clicar sem pensar” podia custar caro e que macros, antes ignoradas, eram capazes de transformar um documento inocente em um cyber- nightmare. O criador do malware, David L. Smith, foi posteriormente identificado pelo FBI e condenado a 20 meses de prisão, além de pagar multa e realizar trabalho comunitário.
The Hack: Your Monday Build |
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{Privacidade: Menores, famílias e viajantes comuns têm DNA armazenado em banco de dados do FBI, mesmo sem envolvimento criminal} Você provavelmente já clicou em “Aceitar cookies” sem ler nada, não é mesmo? Pois é, agora imagina se, ao passar pela imigração no aeroporto, em vez de cookies, você assinasse um termo com “Aceitar coleta de DNA”. Na realidade não há um termo de aceite, mas isso já está acontecendo.
#Do aeroporto direto para o FBI Dados analisados pela instituição de pesquisa da Universidade de Georgetown, Law’s Center on Privacy & Technology, revelaram que a Customs and Border Protection (CBP), instituição que cuida de fronteiras nos EUA, anda coletando DNA de cidadãos americanos, incluindo menores de idade, e enviando tudo de presente para o CODIS, o gigantesco banco genético do FBI.
Não estamos falando de criminosos violentos, mas de famílias inteiras, viajantes comuns e até adolescentes de 14 anos. Em alguns registros, os agentes nem sequer se deram ao trabalho de preencher o campo “acusação”. Foi algo como, “I did it because I wanted to”.
O detalhe é que o CODIS nasceu com a proposta de investigar culpados em casos de homicídio e ajudar a resolver mistérios policiais. Mas, ao longo dos últimos anos, o banco de DNA virou uma espécie de Dropbox genético dos Estados Unidos. Desde 2020, o DHS, que supervisiona a CBP, mandou quase 2,6 milhões de perfis para o FBI, sendo que 97% deles vieram de detenções civis — ou seja, no crimes.
#Sem opt-out O Congresso, tecnicamente, nunca autorizou nada disso. A lei é clara: DNA em banco criminal só em caso de crime, mas parece que a CBP decidiu não seguir as regras. O senador Ron Wyden já reclamou publicamente que crianças não podem ser tratadas como suspeitas perpétuas. Só que, em 2025, o Congresso ainda assinou um cheque de 178 bilhões de dólares para o DHS, e o presidente reforçou por ordem executiva que qualquer tecnologia pode ser usada para verificar identidade na fronteira, inclusive genética.
O problema é que se um perfil genético entra no CODIS, fica lá para sempre. Não tem opt-out.
O Georgetown Center e grupos de direitos civis chamam isso do que realmente é, vigilância genética. Eles já entraram na Justiça contra o DHS, exigindo transparência, mas até agora os órgãos não agilizam o processo. A verdade é que o CODIS está deixando de ser um arquivo de criminosos para virar algo muito mais próximo de um Google DNA, agregando viajantes, imigrantes e cidadãos comuns sem prazo de validade.
No fim das contas, se antes a preocupação era o governo espionar seus e-mails, agora ele está tratando nosso DNA como se fosse cookie.
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That’s it. See you, space cowboy and space cowgirl. |
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