O brasil pode desenvolver isso já
Conheça o “rim biônico” que pode revolucionar a vida de quem depende de hemodiálise
08/06/2018
O sofrimento e a angústia dos pacientes com doenças renais que dependem do dispositivo de hemodiálise externo para a sobrevivência pode estar com os dias contatos. Isso porque cientistas da Universidade da Califórnia em São Francisco, nos EUA, pretendem lançar neste ano o primeiro rim artificial biônico.
Muito parecido com o natural, o rim artificial é bio-híbrido – isto é, tem filtros de silício e células. O aparelho funciona com uma série de microchips e é movido pelo coração humano para filtrar os resíduos da corrente sanguínea. Feito a partir de células reais, a chance de o corpo humano rejeitá-lo é quase nula.
“Toda a nossa preocupação continua sendo a falta de lugares para o tratamento e a falta de doadores, o que significa uma eternidade fazendo hemodiálise e perdendo qualidade de vida. Nesse contexto, o rim biônico surge como uma solução”, destaca a diretora do Simers e nefrologista Gisele Lobato.
Na hemodiálise, o sangue do paciente flui através de um filtro que remove resíduos prejudiciais, minerais e líquidos desnecessários ao organismo do paciente. Assim, o sangue retorna ao corpo do paciente ajudando a controlar a pressão arterial e mantendo o equilíbrio adequado das substâncias químicas, como o potássio e o sódio. O rim artificial será capaz de filtrar o sangue da pessoa com insuficiência renal continuamente, sem a necessidade de visitas periódicas ao hospital para sessões de 3 a 5 horas, como ocorre atualmente.
Com a previsão de chegar ao mercado em dois anos, o rim biônico é conhecido pelos americanos como “The Kidney Project” e foi lançado por William Fissell de Vanderbilt e Shuvo Roy.
A pesquisa no Brasil
Em média, 15 mil pessoas morrem no Brasil por ano devido a doenças renais crônicas. Para amenizar esse sofrimento, pesquisadores da faculdade de Medicina de São José de Rio Preto, em São Paulo, estão testando células-tronco para fazer rins doentes voltarem a funcionar. Eles descobriram uma possibilidade de retardar a progressão da insuficiência renal crônica através da aplicação de células-tronco que desempenham um papel regenerativo no rim. Se der certo, essa terapia celular poderá diminuir em muito a fila de espera por um transplante de rins no futuro. A pesquisa brasileira é inédita no mundo e já foi reconhecida pela categoria médica internacionalmente.
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