COMPORTAMENTO KPMG indica o perfil do fraudador nas empresas
KPMG indica o perfil do fraudador nas empresas
Profissional de 36 a 55 anos de idade, diretor com autoridade ilimitada dentro da empresa, aponta pesquisa
A edição mais recente da pesquisa âPerfil do fraudadorâ (Global profiles of the fraudster), realizada pela KPMG com base em dados apurados em 750 investigaçþes de fraudes em 78 paĂses, apontou que o tĂpico fraudador empresarial tem entre 36 e 55 anos (69%), ĂŠ uma ameaça interna (65% sĂŁo funcionĂĄrios), com um cargo de nĂvel de diretoria (35%) e que trabalha na empresa hĂĄ no mĂnimo seis anos (38%). AlĂŠm disso, ele tem autoridade ilimitada dentro da organização, podendo transgredir os controles internos (44%).
âAinda no perfil, percebemos que o tĂpico fraudador geralmente ĂŠ descrito como autoritĂĄrio (18%), entretanto, a probabilidade de enxergĂĄ-lo como amigĂĄvel ĂŠ trĂŞs vezes maior do que de vĂŞ-lo de outra maneira. AlĂŠm disso, ele tende a ser respeitado, com 38% dos fraudadores descrevendo a si mesmos como bem respeitados na organizaçãoâ, analisa o sĂłcio da ĂĄrea de tecnologia forense da KPMG no Brasil, Antonio Gesteira.
Outra conclusĂŁo do estudo ĂŠ que a fraude tem mais chances de ser realizada em conluio (62% em contraste com 38% do que a cometida por um indivĂduo sozinho). Embora a maior parte aconteça em empresas mistas (46%), os homens ainda tendem a unir-se em conluio em maior proporção do que as mulheres (39% sĂŁo grupos masculinos, em contraste com 7% de grupos de femininos).
âMesmo que os controles sejam robustos, os fraudadores podem e irĂŁo esquivar-se deles ou infringi-los. Os fraudadores em conluio sĂŁo capazes de driblar controles em 16% dos casos. Importante frisar que partes externas estĂŁo envolvidas em 61% das fraudes deste tipoâ, afirma Gesteira.
Tecnologia no combate Ă fraude
Segundo o levantamento, as empresas nĂŁo estĂŁo conseguindo utilizar ao mĂĄximo a tecnologia para combater a fraude, mesmo ela sendo uma viabilizadora significativa de atividades fraudulentas. A tecnologia ĂŠ considerada uma viabilizadora significativa para cerca de 25% dos 750 fraudadores investigados. Por outro lado, o relatĂłrio mostra que as ferramentas de anĂĄlise de dados proativas desempenham um papel menor no combate Ă fraude, com somente 3% dos fraudadores sendo detectados dessa maneira.
âO carĂĄter ambĂguo da tecnologia em termos de fraudes sĂł tende a ficar mais acentuado. Ă medida que a tecnologia se torna mais avançada, tambĂŠm avançam os esquemas para utilizĂĄ-la maliciosamente. PorĂŠm, estamos vendo poucas evidĂŞncias de que as empresas estĂŁo fazendo o mesmo para evitĂĄ-la. Sistemas de monitoramento de ameaças e ferramentas de anĂĄlise de dados sĂŁo imperativos para as organizaçþes que estĂŁo na vigilância contra comportamentos estranhos ou suspeitosâ, analisa o sĂłcio da KPMG.
A pesquisa apontou ainda que os fraudadores especialistas em tecnologia estão utilizando-a de diversas formas: cerca de 24% estavam vinculados à criação de informaçþes falsas ou enganosas em registros contåbeis; 20% envolviam fraudadores disseminando informaçþes falsas ou enganosas por e-mail ou outra plataforma de envio de mensagens; e 13% envolviam criminosos abusando do acesso autorizado a sistemas de computador.
âĂ importante que as empresas invistam em controle interno. O nĂşmero de fraudadores capazes de praticar açþes que visam tirar vantagem de controles deficientes aumentou para 27%, em comparação com os 18% do relatĂłrio de 2013. AlĂŠm disso, 44% foram detectados como resultado de uma pista ou reclamação e apenas a metade disso como resultado de uma revisĂŁo da administração. A globalização e a regulamentação sĂŁo apenas algumas das megatendĂŞncias que reforçam os motivos pelos quais os controles nas empresas sĂŁo mais importantes do que nuncaâ, finaliza Gesteira.
Sobre a pesquisa
A pesquisa âPerfil do fraudadorâ (Global profiles of the fraudster) conta com dados de investigaçþes sobre fraude realizadas, entre março de 2013 e agosto do ano passado, por especialistas da ĂĄrea de Forensic da KPMG na Europa, Oriente MĂŠdio e Ăfrica, nas AmĂŠricas e na Ăsia-PacĂfico,. A KPMG analisou um total de 750 fraudadores que estiveram envolvidos em atos cometidos em 78 paĂses.
Para ter acesso Ă pesquisa completa, basta clicar no link https://assets.kpmg.com/content/dam/kpmg/pdf/2016/05/profiles-of-the-fraudster.pdf
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